Filho da mae ... e do pai
4:51 PM 0 Comments Amor, Anthony, mãe
Todo mundo que tem filhos ou que convive com crianças já deve ter observado como o relacionamento dos pequenos é diferente com a mãe e com o pai. Mesmo com as mudanças sociais dos últimos tempos, com as funções dos pais mais divididas, ou ainda com o surgimento de novos modelos familiares, ainda assim determinadas características permanecem. Mãe é mãe e pai é pai.
Em geral, dentro da dinâmica familiar, a mãe é a mais afetiva. É a mais maleável, a mais paciente, a que busca acolher. É aquela que proporciona a maior parte dos cuidados básicos. É a mãe quem organiza, quem determina a quantidade de comida a ser posta no prato, a hora do banho e da soneca. Para as mulheres, em geral tais cuidados fluem de forma mais natural. Vamos fazendo, organizando e a coisa anda.
Já o pai é o prático. O racional. O objetivo. É o responsável pelo suporte, pela base, por itens essenciais para que as coisas possam funcionar. Providencia itens como a cadeirinha do carro, arca com contas, administra visitas, trabalha fora. Vai direto ao ponto, sem firulas.
É claro que isso é uma generalização. Mães também dividem contas e pais podem sim ser amorosos e pacientes, claro! Mas não podemos negar certas qualidades inerentes a cada sexo.
Sendo assim, é natural que a relação da criança seja diferente com cada progenitor. Se a mãe é a que acolhe, é ela que a criança vai procurar quando estiver doente, quando estiver com fome ou com sono. Se o pai é o prático, é com ele que a criança aprende a perder medos, a conhecer coisas novas, a encontrar limites. Mãe é capaz de ficar horas no colo embalando filho, de dormir sentada se preciso, de encarar fogão depois de um dia de trabalho para fazer um jantarzinho. Pai não tem receio de deixar filho experimentar coisas estranhas, de brincar na lama e subir em árvore, de pegar insetos com a mão. Mãe faz vigília até baixar a febre do filho, pai joga para o alto e vira o pequeno de ponta-cabeça, arrancando gargalhadas.
Vemos essa diferença claramente quando o filho está aprendendo a andar. Enquanto a mãe dá a mão e ampara a criança, o pai solta e diz: "vai". E as duas atitudes são importantes. A criança aprende que há alguém ali, sempre pronto a ajudá-la e, ao mesmo tempo, que pode tentar sozinha. Ganha confiança dupla, nos pais e nela mesma.
Lá em casa também é assim. Se está com fome, filhote vem até mim. Se fica doente então... é só colo de mãe. Já para as brincadeiras mais malucas, para o corre-corre, não tem pra ninguém: é o papai.
É essencial para a criança conviver com universos tão complementares. Mesmo nas famílias em que pai e mãe não moram mais juntos, como nas de casais separados, de viúvos, de mães solteiras... é importante que a criança tenha mais de um modelo em que se espelhar. Cada um tem seu papel, cada um tem seu modo de agir com os filhos. Criança precisa conhecer o acalento e a praticidade, os livros de história e as corridas de bicicleta, o conforto do tudo pronto e o “se vira”. Um complementa o outro e possibilita um equilíbrio. Equilíbrio este essencial para um pequenino que ainda tem muito a aprender... e a nos ensinar.
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