Todos nós temos um mecanismo natural chamado “neofobia”, que basicamente quer dizer “medo do novo”…
É comum sermos mais cuidadosos em situações que são desconhecidas para nós, na verdade somos assim no nosso dia a dia, sem perceber. Quer um exemplo?
Você não entra no chuveiro sem antes colocar a mão para sentir a
temperatura da água, certo? Ou quando está em um lugar com uma piscina,
não pula com toda vontade sem ao menos saber se a água está gelada!
Os bebês têm esse instinto ainda mais aguçado, motivo pelo qual a
introdução da alimentação complementar às vezes é difícil! É tudo novo para ele, cheiros, sabores, cores e formas. Algumas dicas vão ajudá-la a fazer seu filho ser “um bom garfo”!
Comece desde a lactação!
Estudos mostram que as crianças que foram amamentadas exclusivamente e
por mais tempo, aceitaram com mais facilidade novos alimentos. Isso
porque o leite materno tende a ter sabor e aroma de alguns alimentos
contidos na dieta da mãe, o que deixa o “padrão sensorial” do bebê
“acostumado” a esses sabores. Esse mesmo estudo mostrou que a criança
permanecia mais tempo no seio da mãe, mamando, quando ela consumia alho e
baunilha. Em contrapartida, a mamada diminuía quando a mãe ingeria
bebida alcoólica.

A criança precisa ser exposta, em média,
de 8 a 10 vezes ao mesmo alimento para que seja aceito, portanto não desanime!
Deixe o seu filho tocar, cheirar, brincar e olhar o alimento. Esse “ritual” faz parte do reconhecimento.
Pratos coloridos são atrativos para tomo mundo! Então nada de monotonia de cores e nem de alimentos!

Em geral, os alimentos preferidos pela criança são os de sabor doce e
com muitas calorias. Mas isso acontece porque esse sabor é inato do ser
humano.
É necessário que a criança passe pelo processo de aprendizagem para aceitar os demais sabores, como salgado!
Não force a criança a comer, evite qualquer tipo de punição e chantagem.
Essas atitudes acabam criando uma relação negativa entre a criança e a
comida. Da mesma maneira, não ofereça alimentos como recompensa e
consolação.

A alimentação complementar no primeiro ano de vida deve ser oferecida sem rigidez de horário.

Parece bobagem, mas as crianças tendem a observar a reação e atitudes de seus pais, então
evite fazer caras feias ou comentários negativos em relação ao alimento.

Por fim,
a criança também tem um mecanismo chamado “auto-regulação energética”,
ou seja, ela é capaz de ingerir a quantidade necessária de alimentos
para o seu organismo. Quando insistimos para que o filho coma mais,
acabamos interferindo nessa capacidade de regulação.
Se ficar insegura lembre-se: seu pediatra falou que o bebê está com
crescimento adequado e esperado para o período? Então está tudo certo!
Mas não confunda: medo do novo com saciedade! Respeite a fome da
criança, mas apresente diversas vezes o mesmo alimento!
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